ADAPTAÇÕES CELULARES

06/04/2022

  Alteração morfológica e funcional da célula em resposta a um estímulo externo ou a um aumento da demanda, que determina um novo estado de equilíbrio celular, preservando sua viabilidade e modulando sua função. As adaptações fisiológicas normalmente representam respostas celulares à estimulação normal pelos hormônios ou mediadores químicos endógenos.

ATROFIA

  A atrofia é caracterizada pela diminuição do tamanho da célula. Quando um número suficiente de células está envolvido, todo o tecido ou órgão diminui em tamanho, tornando-se atrófico. Apesar das células atróficas terem sua função diminuída, elas não estão mortas. As causas da atrofia podem ser por: desuso, diminuição da carga de trabalho, perda da inervação dificultando assim os movimentos,  diminuição do suprimento sanguíneo acarretando em queda no metabolismo, nutrição inadequada, perda da estimulação endócrina e envelhecimento, no qual a circulação diminui e os órgãos tendem a atrofiar.




(4x) Afastamento das fibras musculares  e a produção de tecido fibroso- colágeno (setas pretas).




(4x) Fibras musculares atrofiadas (Estrela preta)






(4x) Comparar as áreas, fibras musculares  mais atrofiadas (retângulo branco) e a outra, fibras musculares normais (retângulo preto)




(10x) Fibras colágenas (estrela preta) no espaço entre as fibras musculares devido a atrofia muscular.





(10x) Produção de tecido fibroso (retângulo preto), redução do volume das fibras musculares (retângulo azul). 




(40x) Diminuição no volume das células. Notar a presença do colágeno  (seta preta) produzido pelos fibroblastos, preenchendo o espaço entre as fibras musculares atrofiadas.

HIPERPLASIA PROSTÁTICA

  Na hiperplasia ocorre um aumento no número de células (ainda especializadas), aumentando assim a síntese de DNA e consequentemente a demanda. Um exemplo fisiológico é o útero gravídico e a nefroctomia unilateral. Outro exemplo, dessa vez patológico é a hiperplasia prostática, causada por alteração hormonal. Contudo, vale destacar que todos esses estímulos ainda são bem controlados, pois se trata de situações reversíveis. 

 



(4x) Glândulas túbulo alveolares da próstata com morfologia normal e septos fibromusculares (seta preta) entre as estruturas glandulares. 



(40x) Glândula prostática com epitélio simples colunar e em maior destaque a presença de células basais (seta preta),  importante para o diagnóstico de HIPERPLASIA PROSTÁTICA BENIGNA. 




(40x) Epitélio pseudoestratificado colunar da glândula prostática  em áreas preservadas (estrela preta).





(10x) Septos fibroesláticos (estrela preta), glândulas tubulo alveolares (estrela azul) e grumos de células epiteliais (seta preta) e líquido prostático (estrela amarela).




(40x) Área de hiperplasia das células glandulares prostáticas  (círculo preto).




(10x) Aumento significativo das glândulas túbulo-alveolares, acúmulo de líquido prostático na luz da glândula (estrela preta), estroma fibromuscular (estrela azul) e formação de estruturas exsulfídicas (seta preta).

METAPLASIA ESCAMOSA

  Adaptação celular  na qual um tipo celular diferenciado é substituído por outro da mesma linhagem, mudando a morfologia e normalmente se tornando mais resistente capaz de suportar o ambiente novo. A metaplasia epitelial mais comum ocorre no trato respiratório em fumantes habituais, sendo a mudança do epitélio colunar da traqueia e dos brônquios para o epitélio com células estratificadas escamosas. Por conta de estímulos externos como BMP-4 e TGF-beta,  as células precursoras se diferenciam em uma nova via. 





(10x) Epitélio se estratificando (seta preta), vasos congestos (círculo preto) com pigmentação - hemosiderina.






(40x) Estratificação do epitélio (seta preta) e vasos congestos com hemosiderina (estrela azul).




(40x) Necrose coagulativa nos septos interalveolares (seta preta) e mácrofagos alveolares ou células de poeira (círculo preto).

 



(40x) Infiltrado inflamatório (círculo preto).





(10x) Presença de pigmento antracótico nos septos alveolasres. 

 




(10x) Região edemaciada, onde observa-se afastamento das estruturas do estroma pulmonar (estrela preta),  área de transição de epitélio pseudo-estratificado para epitélio estratificado (retangulo preta) e  restos celulares e hemácias no lúmem do brônquio (estrela azul).






(10x) Área de Epitélio destruido pelo açao do agente etiológico (setas pretas) e região edemaciada (estrela preto).

METAPLASIA ÓSSEA

  Adaptação celular  na qual um tipo celular diferenciado é substituído por outro da mesma linhagem, mudando a morfologia e normalmente se tornando mais resistente capaz de suportar o ambiente mais novo. A etiologia é idiopática, mas acredita-se que a associação do aparecimento da ossificação com o ambiente anóxico e ácido, frente a vários doenças respiratórios, o qual estimula a metaplasia dos fibroblastos (conjuntivo propriamnete dito) ou condrolastos (cartilagem) em osteoblastos (osso). Conjuntivo para conjuntivo. 




(4x) Presença de fragmentos ósseos, metaplasia óssea, no tecido pulmonar (seta preta) e  colágeno acentuada nos septos alveolares modificando a arquitetura pulmonar.




(4x) Espessamento dos septos interalveolares (seta preta) desorganizando o parênquima pulmonar. Bronquíolo (círculo preto).




(10x) Áreas metaplasicas com trabéculas ósseas (retângulos brancos).






(40x) Trabécula óssea (estrela preta), osteócito (cabeça da seta preta) e fibrose (seta preta).






(40x) Espessamento que existe no septo interalveolar (círculo preto) e a área de fibrose (seta preta).




(10x)
 Trabécula óssea (estrela preta), bronquíolo (círculo preto) e fibrose (seta preta).

DISPLASIA ESOFÁGICA

  Tipo de adaptação celular caracterizada por aumento no número de células, porém com uma pequena perda da diferenciação, ainda controlada. Quando não é tratada pode torna-se uma neoplasia. Geralmente as células displásicas irão apresentar núcleos hipercromados e células com certo grau de pleomorfismo , além de maior número de mitoses. 






(4x) Espessamento do epitélio esofágico, acantose (seta preta) e, hialinização (estrelas pretas).






(10x) Classica Hialinizaçao (estrela preta) na displasia esofágica.






(40x)
 Espongiose (seta preta) e degeneração hidrópica (seta amarela).





(40x) Grande presença de espongiose (setas pretas) e degeneraçao hidrópica (seta amarela) proporcionando hialinização do epitélio.



(40x) Região basal de células jovens se proliferando caracterizada pelo hipercromatismo (circulo preto) no epitelio displásico do esôfago.

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